quarta-feira, novembro 30, 2005

Doce Loucura

Até que ponto é que o isolamento e a viragem do individuo para a sua egocentralidade e para o individualismo não o levam à loucura?
Fechar os olhos e não ver mais nada se não o que o faz sentir bem.
Alienação total da realidade.
E quando acorda já tudo o que o redeia é fragmentado e desconexo.
Aí já não há nada a fazer.
Já está entregue à doce loucura que lhe traz a solidão...

terça-feira, novembro 29, 2005

Bloggers, que espécie?

O que somos nós, afinal, bloggers?
O que somos se não sociopatas camuflados por aquilo que nos soa a "normal" ou por aquilo que achamos que choca os demais navegantes cibernautas?
O que somos nós se não uma praga de desocupados armados em intelectualóides baratos para surpreender sabe-se lá quem...

Será o suficiente para pensar sobre isto?


Nos últimos 25 anos 65 milhões de pessoas foram infectadas pelo VIH.
Este número é equivalente a seis vezes e meia a população Belga.
25 milhões destas pessoas infectadas já morreram.
Neste momento, existem, pelo menos, 40 milhões de pessoas infectadas.














Nos últimos 10 anos, os orçamentos destinados à prevenção primária por parte dos Estados Europeus, incluíndo Portugal, desceram drásticamente devido ao excesso de confiança sobre os antiretrovirais, fármacos terapêuticos que ajudam no tratamento de doentes já contagiados.
A prevenção primária que engloba a informação, formação e sobretudo a educação foi irresponsávelmente e drásticamente reduzida.
















A Luta Contra a SIDA é de todos e para todos, e por todos tem de ser assim sentida. Só o empenho de todos nós enquanto cidadãos inseridos em sociedade, e como indivíduos livres e responsáveis das opções assumidas, contribuirá determinantemente para a eficácia do combate a esta pandemia.
ONUSIDA

domingo, novembro 27, 2005

Geração Rasca Não Sabe Socializar

Mais uma noite de aniversário de uma amiga, em que se reúnem as mais variadas pessoas numa sala para jantar, conversar, beber copos, dançar um bocadinho, enfim... socializar.
São quase 40 as caras sentadas à volta de uma mesa disposta em forma de U.
As palavras pouco ou nada fluem e os olhares são trocados fortuitamente, para que a análise que fazemos sorrateiros uns dos outros não seja flagrante e não nos deixe despidos e desprotegidos.
Acabado o jantar começam as alminhas a levanter-se da mesa, um a um, ora para ir beber café, ora para se juntarem em pequenos grupos, quais náufragos em porto seguro.
Cada um transparece uma sensação de inadaptação, de desconforto, perante o lugar, frio e cinzento, e perante as pessoas, tímidas e recolhidas cada uma ao seu mundo.
A banda começa a tocar e até o som reflecte uma sensação de espaço vazio.
Pouco ou nada se reage aos elementos musicais que se esforçam por nos envolver entre melodias aceleradas e lentas... Só já quase ao fim de duas horas de concerto é que se começa a dançar e a comunicar com os ilustres desconhecidos com quem partilhámos mesa... e ainda assim a medo, porque o álcool ainda não surtiu totalmente o efeito desinibidor desejado para se poder socializar sem preconceitos ou medos.
É com muita pena que mais uma vez verifico que somos de facto, e cada vez mais, dependentes de factores exteriores a nós mesmos para conseguirmos concretizar uma boa socialização e interacção com os que nos rodeiam.
E é também com muita pena que verifico mais uma vez que quando o álcool começa a fazer efeito no meu organismo, os que me rodeiam já estão demasiado alcoolizados para eu ter paciência para os aturar....
Enfim... Mais uma vez me retirei, sorrateiramente, quando vi que as bebedeiras estavam graves, o som a ficar cada vez mais do tempo da avozinha e que dali já ninguém saía para lado nenhum...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Que a carapuça sirva a quem tem que servir...

Não vou voltar a ligar.
Não vou mandar nem mais uma puta de uma sms.
Estou farta de ser sempre e somente eu a pensar, a procurar, a projectar, a sugerir, a preocupar-me com a manutenção de algo que não cresce nem brilha se ambas as partes não fizerem por isso.
ESTOU FARTA!
Vai doer e vai ser muito difícil, mas não vou voltar a baixar a cabeça e quase pedir por favor para me darem um pouco de atenção.
ACABOU.
Se sentirem a minha falta, pois muito bem, o meu número de telefone é o mesmo de sempre.
Se não sentirem, azar. Eu e o meu mundo é que não podemos continuar a ficar condicionados a pessoas que não pensam em mim...

terça-feira, novembro 22, 2005

Memórias Perdidas

Uma das coisas que mais gostava de fazer depois de fazermos amor, era deitar a minha cabeça sobre o teu peito e ficar muito quietinha a ouvir o bater do teu coração...

domingo, novembro 20, 2005

É mesmo Domingo...

Hoje o dia amanheceu frio, opaco e ocre.
Eu acordei melancólica e preguiçosa...
É mesmo dia de vegetação total... física e mental...

sexta-feira, novembro 18, 2005

Forever Friends?

Será que há ainda quem pare para pensar ou sentir sobre o que realmente singnifica a palavra AMIZADE...?
Sinto que cada vez mais as pessoas estão egocentradas, sem se preocuparem minímamente com o que se passa à sua volta, numa tomada de posse do individualismo tão afirmativa que agora apenas se vê egoismo.
É preocupante, mas quase todos veêm e aceitam este facto como natural e inevitável...
Quererei eu fazer parte desta orde e ajudar a perpectuá-la?
Terei outra hipótese?
Efectivamente nem os sentimento escapam à efemeridade...

terça-feira, novembro 15, 2005

É este o amor à cultura que temos...

Era para ser, mas vai-se lá saber pela alminha de quem, ou pela cabecinha iluminada do raio que os parta a todos, já não vai ser...
Não agora e não no espaço para que foi concebido...
Será em Fevereiro, ainda em sítio a definir, mas vai ser...
Há se vai!!!

quinta-feira, novembro 10, 2005

Manifestem-se!...

...Mas por favor saibam para/por onde vão manifestar-se e o que vão reivindicar...
E não queiram revogar os vossos direitos mais do que querem revogar o projecto aprovado... se vão para uma manifestação estudantil em que vão representar a massa académica nacional, por favor, o mínimo que podem fazer é estudar os motivos que vos levam a manifestar e quais são os vossos interesses, porra!
Hoje tive vergonha de pertencer a essa massa cinzenta que se apresentou não se sabe bem onde e contestou não se saber bem o quê!

domingo, novembro 06, 2005

Let's Get Together-After Party@Nut's Club

É hoje!
A festa é para dançar e ver o mar a rebentar nas rochas junto ao Coconuts, agora Nuts Club.

Começa às 16h e vai durar pelo menos até à 00h00.
O line up da matiné é: o australiano Kasey Taylor, o Seph, o Gustavo e o aniversiante Tó Ricciardi.
A não perder... Eu lá estarei!
Let's get together!

sábado, novembro 05, 2005

Porquê?

Mas alguém me explica porque é que os blacks falam tão alto?
A sério não consigo entender!
Serão surdos?
É que é demais! Nem o meu discman no máximo os consegue abafar!!!
É um fenómeno!!! Falam alto e conduzem mal!

quarta-feira, novembro 02, 2005

Algumas das coisas que nunca vou ter...

Nunca vou ter uma festa surpresa, porque nunca ningém se lembrará de ma fazer...
Nunca vou ser pedida em casamento porque não há quem me ature.
Nunca vou ter um filho porque não terei condições para o criar com estabilidade.
Nunca vou ter uma casa própria nem nunca vou ter um carro. Ambos porque serei uma eterna "tesa"...
Nunca vou ter um emprego estável porque odeio rotinas.
Nunca vou ter uma carreira sólida porque não sei o que quero fazer...
Nunca vou ter um pai porque não quero perdoar.
Nunca vou ter alguém que dê incondicionalmente a vida por mim porque pessoas assim já não existem.

Vou viver e quem sabe morrer sozinha, comigo mesma (o que já não é assim tão mau quanto isso), e quando chegar aos 50 anos, solteirona, cheia de dívidas e a viver com o meu gato, espero pelo menos ainda ser minimamente equilibrada!

O sol quando nasce, nasce para todos...

...só que uns vêm o seu brilho incandescente enquanto que outros toldaram de tal forma a sua vista que já nem se apercebem da sua luz.
A vida na rua endurece-os, torna-os guerreiros de noites de medo e de dias infernais, onde a discriminação e a indiferença social os aniquila e quase que os faz esquecer que são seres humanos.
São vidas perdidas e deambulantes, onde cada um carrega dentro de si mesmo o peso da sua história e a aungústia inexplicável da sua sobrevivência.
São dias infindáveis onde se tudo se perde, onde já nada existe, nada resiste...
São minutos que se transformam em horas, e horas que se transformam em dias, meses, anos, e assim se vão esqucendo do que é "ser".
Se os olharmos nos olhos, somos cravados por uma tristeza profunda e perdemo-nos naquele olhar opaco e distânte que já não consegue dizer mais nada, que já não sabe o que é sorrir...

Os milhões de rostos distorcidos que por eles passam todos os dias, tão centrados e enebriados em si mesmos, já nem os veêm, ou fingem não ver...
Rostos que os aniquilam com a falta de compaixão, de capacidade de integeração e de humanidade.
Rostos que os culpam e temem. Que pela calada os violentam de todas as formas e os desrespeitam na sua mais básica condição humana...

São cada vez mais os homens e mulheres que vivem nas nossas ruas e é cada vez maior a indiferença que se impõe na nossa sociedade.
São seres humanos de carne e de vida, que vivem sem cama, sem tecto, sem casa de banho, sem um prato de comida quente...
Sofrem por nada ter e por nada lhes ser dado. Nem amor, nem compreensão, nem integração social para lhes proporcionar as condições minímas de subsistência e de dignidade. As condições mínimas para um equilibrio social, físico e psicológico.

Não é pelo facto de lhes virarmos a cara ou de fazermos de conta que não os ouvimos que eles deixarão de existir... só deixarão de povoar as nossas ruas se fizermos algo para isso.
Se temos capacidade para ver o brilho do sol, que arranquemos de vez a venda que nos tolda a vista e encaremos de frente um problema que também é nosso...