sexta-feira, julho 22, 2005

Sim sou e depois??

Sou do mais preguiçoso que existe à face da terra...
São tantos os dias em que acordo e não me apetece sequer mexer um único músculo...
Em que só quero ficar a vegetar o dia todo em frente à televisão, chegando ao cúmulo de ver a maior merda só pela preguiça de mudar de canal, em que quando a fome aperta continua a apertar porque abro o frigorífico e não me apetece fazer nada para comer, em que a roupa se vai acumulando ao longo dos dias pela simples preguiça de a meter para lavar ou voltar a arrumar...

Há também aqueles dias em que tenho preguiça de sorrir, preguiça de falar... em que o meu racíocinio se recolhe ao mais íntimo do seu ser e se recusa a comunicar...

Sou MUITO preguiçosa... Sou e gosto tanto de o ser...
Sabe tão bem horas passadas inertemente sabendo que temos 1001 coisas para fazer e resolver, que temos que andar a 1000/h para conseguir sobreviver...

Parar para depois retomar com a ânsia da pressão, da escassez...
Hummm... Que prazer...

sábado, julho 09, 2005

Miserávelmente sem palavras

Ponham os olhos nisto...

"O jovem bailarino estrangeiro tira os óculos escuros e atira o último argumento "No meu país, o nome Gulbenkian não é associado a nenhuma fundação, mas sim à companhia de ballet.
E se folhear a Agenda Cultural de Lisboa, o que vê na secção de dança? Espectáculos de bailarinos reformados, que estiveram no Ballet Gulbenkian.
Sentados à sombra do arvoredo dos jardins da fundação, um grupo de bailarinos fala com o DN sobre o fim da companhia, sob promessa de ninguém se identificar. Depois de horas de reunião, que juntou no estúdio os trabalhadores da dança, decidiram ontem criar um mail (balletgulbenkian@yahoo.com) para poderem falar com o público.

Depois das lágrimas choradas terça-feira, os rostos mostravam-se ontem desalentados. "Queremos mostrar a nossa tristeza de forma diplomática e dar a nossa opinião".
É que o Ballet Gulbenkian, que em 2003 gastou 2,7 milhões de euros, tem mais de 25 bailarinos, dez administrativos, dois técnicos e três costureiras.
Todos queriam explicar a importância do Ballet Gulbenkian que, garantem, "está incluído entre os cinco melhores da Europa" e todos os anos recebia, do Conselho de Administração, "comunicações e prémios de excelência".

Um dos elementos, inconformado, adiantava que "o poder da decisão [da extinção da companhia] não está à altura de perceber a perda irreparável na dança em Portugal".
No grupo dos bailarinos, cada caso é um caso o das jovens mães que tiveram crianças há pouco tempo, os "velhos" de 35 anos de idade e nove anos de casa (faltando um para complemento de reforma dado pela fundação) e os novos.
"Nesta altura do ano já não nos é possível fazer audições em lado nenhum. As temporadas são delineadas com muito tempo de antecedência", explica uma jovem bailarina, pormenorizando que o timing da profissão é muito preciso, porque "as companhias começam a delinear o trabalho entre Janeiro e Março, mas para a temporada do ano seguinte".
E diziam "temos o ano perdido até Julho de 2006."
Outra revolta tem a ver com a garantia dada terça-feira por responsáveis, de que os bailarinos poderiam usufruir de uma aula de hora e meia por dia, o que lhes parece manifestamente pouco. "Seria só para aquecer..."
Mas o que mais lhes doeu foi a forma como tudo aconteceu. "A administração não deu a cara e o dia do anúncio foi escolhido a dedo, para ficar abafado pelas medidas do primeiro-ministro. Não se diz a uma companhia de dança que no minuto seguinte já não existe."

triste acabar-se assim repentinamente com o Ballet Gulbenkian, companhia com um trabalho muito importante há 40 anos num determinado domínio da dança, mesmo que esteticamente possamos estar mais ou menos afastados dessa área." As palavras são de Cristina Santos, responsável pelo Fórum Dança, uma das organizações pertencentes à Rede, associação de estruturas para a dança contemporânea.
Na sua opinião, o BG desenvolveu "um trabalho novo de enorme qualidade, até na sua relação com a comunidade da dança, num país onde praticamente não existe este tipo de agrupamentos". Trata-se de "um tipo de decisão abrupta e incompreensível, não se descortinando as verdadeiras razões que lhe presidem", acrescenta.
A Fundação Gulbenkian podia, no entendimento de Cristina Santos, "ter agido há muito nas áreas de apoio à dança; tem, aliás, existido uma política de regressão, veja-se o que aconteceu com a extinção do Acarte.
Enquanto instituição, demitiu-se de investir numa dimensão contemporânea das artes performativas. Não me parece que o desaparecimento do BG vá determinar uma melhor actuação nesse sentido, embora considere muito louvável o que se pretende fazer. Não se entende como se substitui uma companhia por uma política de apoios."
A Rede vai tomar posição pública sobre o fim do BG, explicitando também a sua solidariedade para com os bailarinos.

Clara Andermatt, ligada como coreógrafa ao Ballet Gulbenkian, afirma a sua tristeza e perplexidade perante a notícia, "não inesperada, mas abrupta" da extinção do BG " Estou chocada pela forma como a decisão foi comunicada aos bailarinos e ao director pouco antes de o comunicado seguir para as redacções. Esperemos que o plano de substituição da companhia por uma política de apoios valorize significativamente o panorama da dança contemporânea portuguesa. É frustrante para Paulo Ribeiro que o projecto tenha sido abortado. Todos sentíamos que havia necessidade de renovar, mas era preciso que houvesse meios e vontade." "
in DN On-Line

Sorry...

A todos os interessados e principalmente ao meu querido blog, que fiz nascer e brotar alguns frutos, o meu pedido de desculpas pela ausência...
Não é de forma nenhuma negligência, mas sim real falta de tempo...
É que o tempo aqui por terras algarvias parece correr bem mais depressa do que a brisa que nos refresca à beira mar...
Mas apesar de não estar presente e da situação se manter mais ou menos assim até finais de agosto, quero que saibam todos os amigos da blogosfera que estão diáriamente no meu coração...
Apresentadas assim as minhas desculpas, prometo tentar escrever com alguma regularidade...
Fica a promessa.