sábado, setembro 11, 2010

Esperar

Há que esperar até estarmos expostos.
Há que esperar com alguém nu.
E depois há que esperar mais um pouco....
Porque os desencontros devastam-nos interiormente, as contrariedades corroem-nos os ossos, as ausências queimam-nos a pele e a ilusão, essa, asfixia-nos devagarinho enquanto ainda julgamos estar a sonhar.
A inevitabilidade permite-nos alguma displicência na forma e no conteúdo...

...

E heis se não quando, do nada, uma pequena lembrança deita por terra a muralha imensa construída à volta do que me é vital para manter a sanidade...
E volta o vazio. Volta a incerteza. Volta a saudade.
Volta a necessidade de plenitude inalienável para qualquer outro ser humano...

A natureza é implacável...