sábado, agosto 06, 2005

Reino da Miss M em depressão...

É bem engraçado quando o coração se fecha e parece que gela.
Aí a paixão e o amor ficam trancados a sete chaves e só se brinca com a tesão, o carinho e a auto-estima. Nestas alturas em que emanamos sensualidade e disponibilidade dá realmente prazer "não sentir".

Tudo muito bem, tudo muito giro, ego nas estrelas, mas falta qualquer coisa... (também, como poderia não faltar?)...
São tantos ou tão poucos que o coração fica apertado cada vez que acordo sozinha...
Quero, mas não sinto... Sentir, até sinto, mas nada mais do que atracão e sentimento de pose.

Falta-me o conforto de um amor desinteressado.
Mas o coração gelou e quem o deixou trancado levou a chave e deitou-a ao mar...
Já fui a Branca de Neve, já tive sete anões, mas onde é que anda a merda do princípe encantado?

E assim, sem mais, uma bela manhã a auto-estima caí aos trambulhões por aí abaixo e agora sinto que passei de bela a monstro... Apesar de gelado, tenho o coração bem apertado, bem pequeno.
A disponibilidade desaparece, a vontade de sorrir diluí-se, a sensualidade parece nunca ter existido...

Puta que pariu! Porque é que tenho que sentir isto se não consigo sentir nada por ninguém?
Não sinto nada, não sinto ninguém. Não me sinto.

O meu nada está dentro de mim, por isso sou livre, não tenho nada a esconder... mas sentir neste momento corta-me como uma faca bem afiada.
Precisava de encontrar um caminho, de abrir uma porta... mas por de trás de todas as que tenho aberto... nada.

4 comentários:

Anónimo disse...

Há uma porta que só tu podes abrir, a do teu coração! Até podes dizer que quem a fechou levou a chave e atirou-a ao mar.. bom, digamos que... certifica-te se ele não levou só o porta-chaves! De certeza que a chave está por ai perdida algures no tempo dentro de ti!
;)
Um sorriso do tamanho do Mundo!!
aquele abraço...

A. disse...

Miúda, se calhar andas a abrir as portas erradas. A superficialidade cansa. Quanto à chave, quem sabe não a encontra algum mergulhador. Ou quem sabe quem a levou não a tenha atirado ao mar e a guarde até hoje?
Eu sempre acreditei nisso, como sabes, e sempre que o repito nunca recebo respostas conclusivas. Se calhar está na hora de sair do vago e definir o que ficou em suspenso há tanto tempo.

Um beijão ;)

SK disse...

Julgo que a lógica é sempre a mesma.
Sendo que o principe encantado é em parte uma construção tua ( como o é de toda a gente), basta apenas saber se consegues identificar um paradigma mínimo. Expressão pomposa para "saber o que se quer."
E depois buscar. Não há outro remédio. Porque essa porta de que falas não se abre de repelão. É preciso tomar um banho de outros para perceber se os seus pormenores contam uma história única e irrepetível.
E se tens os argumentos, podes até dar-te ao luxo de destilar a escolha.
Bonne chance mademoiselle :)

Bom dia

CatarinaSantos disse...

Ando à tempo a visitar este teu espaço, que gosto bastante de ler.

Ás vezes sentimo-nos perdidos na vida, e parece que não existe nada à nossa volta, apenas um longo e indefinido vazio. Nestes momentos é preciso saber procurar aquelas mãos que nos amparam a queda, que nos fazem sentir a presença humana...

Deixo aqui o meu blog para o caso de queres visitar tambèm:
http://palavrasenterditas.blogspot.com/

Beijos****