As personagens de ficção querem-se complexas. A complexidade assume várias formas. Uma personagem que muda de opinião no decorrer da história, por exemplo, pode ser um sinal de complexidade, quando não é simples aselhice do autor. Mas a complexidade geralmente usa-se como sinónimo de ambiguidade moral. Só assim a personagem imita a vida real. O mais curioso é que na vida real tentamos eliminar a ambiguidade moral. Ou seja, o modelo a imitar é o de uma má personagem de ficção. Como falhamos sempre, não espanta que a realidade ultrapasse a ficção.
Descaradamente roubado daqui porque me pareceu totalmente adequado ao dia de hoje.
Há 6 meses
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