domingo, outubro 21, 2007

To be

Porque pior do que nos odiarem é ignorarem-nos por completo. É nem nos verem. Olharem para nós mas nem se quer se aperceberem do que vêm. Sermos transparentes.
Torna tão simples mandar a baixo uma auto-estima até então resistente que nem uma rocha…
Andamos tão centrados em nos garantir, em nos defender, em nos proteger, que acabamos por nos esquecer dos outros. Ate de nós próprios.
O narcisismo apoderou-se de nós de tal forma, que cada vez que algo nos contraria, cada vez que algo não corre de acordo com as expectativas, o desmoronamento interior é total, e a reacção exterior é de puro egoísmo e individualismo brutal.
Efectivamente a teoria do desprezo resulta. Quanto menos nos ligam, quanto menos nos dão importância, mais isso nos incomoda, mais precisamos de atenção, mais nos envolvemos com o que aparentemente não desejávamos.
É sempre ténue a linha entre o que queremos e o que desejamos. Entre o capricho e o sentimento. Entre o querer ter, centralizando as atenções, e o precisar, o sentir falta, o complementar.
Porque a carência pesa e a solidão começa a fazer mossa.
A necessidade é de colmatar essas lacunas, esses vazios…
... e a verdade é que vale quase tudo no jogo de não ficar sozinho…

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