segunda-feira, fevereiro 09, 2009

De mim para ti

Apetece-me descobrir-te em poucas horas, deixar de enfrentar a distância dos nossos olhares, perder-me em cada segundo, na eternidade de cada momento, sem ontem, sem amanhã, sem tempo.
Reflectir no teu corpo a intensidade do meu desejo através dos mais simples carinhos...
Amar-te e entregar-me cada vez mais, sentir-nos a fluír para um único corpo de paixão, desejo e rendição.
Apetece-me fazer amor contigo como se nós próprios não existíssemos para além do quarto de hotel, num misto de loucura e inconsciência... depararmo-nos com uma crescente intimidade, nascida um dia de um simples clic, vindo do nada, num sentimento que nos transcende, com uma química inegualável e uma atração que se sobrepõe à pele e nos enlouquece na presença um do outro.
Apetece-me abraçar-te, respirar-te, consumir-te por inteiro.
Observar-te apenas.
Vaguear no teu corpo, ágil e criativa, sentir-me a despertar os meus sentidos.

Foste um instinto certeiro, mas ainda não encontrei forma de o guardar. Não te quero longe de mim, mas tenho medo de te ter por perto. Assustas-me tanto quanto me fascínas.
Não há razão no que sinto. Há pele. Há química. Há tesão.

Esta insegurança empurra-me para um contínuo caminhar sobre uma corda bamba sem rede. Sinto falta de ar quando não vejo as tuas palavras a reflectir a tua imagem. Estou a perder o controlo da situação, o fôlego, a razão.

Quero deixar-me levar pelo teu simples sorriso, pelo teu abraço, pelo teu carinho.
Quero as tuas mãos no meu corpo, na minha alma.

Mata-me esta ansiedade em te querer ter em mim, na tranquilidade do teu olhar.
Mata-me esta necessidade de me fazeres sentir viva, mulher, tua.

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