com toda a hipocrisia da nossa sociedade lá vêem de novo os democratas cristãos com a ladainha do costume a pintar a aprovação da lei como se de uma obrigação de o praticar (o aborto) assim se tratasse... não é por fecharmos os olhos ou "criminalizar" que as coisas deixam de acontecer. Tenho pena de quando fazem aqueles discursos idiotas tentam negar o que se passa no 3º andar de uma rua na Amadora.
Tenho que concordar que quem lê a pergunta fica um pouco confuso em relação ao que queres realmente colocar? A questão do aborto não se pode colocar «se temos ou não filhos» porque o aborto não é um método contraceptivo. Esta questão deve ser legislada com muito cuidado, porque isto não é assim: ups engravidei, deixa-me lá ir ao talho tirar o puto! Um embrião com seis semanas (que é mais ou menos quando se dá conta que se engravidou) tem já a forma de um bébé. É estranha, mas já é visível a cabecita desmesurada em relação ao corpo e até as maozitas já se veem. E eu acredito piamente que quando uma mãe não faz só o teste de gravidez e decide abortar (que é o mais comum) e faz uma ecografia fique seriamente balançada. Porque há vida dentro dela. Todavia, aceito que a despenalização do aborto seja novamente revista e ponderada com serenidade (eles adoram este termo). Mas não vamos fazer disto mais uma liberdade selvagem, ou torná-lo tão comum quanto a toma da pílula do dia seguinte, que é outra vergonha nacional!!! Há gente que toma isso como quem toma ben-u-ron. Não é normal! Isto só revela o povo pobre que somos. E quem decide «em condições se temos ou não filhos» não são os governantes M.!, és tu, sou eu, é quem está interessado! Vamos lá usar o preservativo, que mais vale prevenir que remediar! Os preservativos é que deviam ser dados à borlix em todo o sítio, isso sim contribuía para uma boa educação sexual!
Bem me queria parecer que era ao aborto que a Barracosa se queria referir. Mas não quis arriscar... Era só o mais nos faltava, era agora começarem a usar o aborto como medida contraceptiva. Todavia, porém, contudo, mais vale fazerem-no com todas as condições de assepsia e por gente especializada, do que por carniceiros. E realmente ele há casos que mais vale tirar o embrião do que depois irem abandonar o puto na lixeira mais próxima. Fica um conselho para quem pretenda usar e abusar do aborto: resolvam logo o assunto e tratem de laquear as trompas quando forem fazer o primeiro! Sai mais barato e os resultados são seguríssimos!
Já agora um segundo conselho: Machadix não se percebe ponta do que dizes no primeiro parágrafo. VÊEM? ou será VÊM? É o verbo ver ou vir? ainda: «democratas cristãos» e «uma obrigação de o praticar»? O que é isto hãm?! Não é um paradoxo?
sr.dona Hárpia... se ler bem o texto do Sr.Dr.Machadix pode muito bem contextualizar que o "vêem" era de facto um "vêm", e que a tecla do "e" de certeza que ficou presa... agora com um assunto tão importante na mesa de operações deixem-me por favor dar um bitaite pa lançar a confusão... eu votei contra o Aborto no último referendo por achar que diversos parâmetros da proposta não estavam correctos e porque acho que a mentalidade de aprox.80% dos Portugueses não estar preparada para lidar com tão importante permissão. Acho que deve de ser permitido em casos de excepção, por exemplo, em casos de mal-formação do feto comprovada, seja a que altura da gravidez, mas acham mesmo que devemos de permitir que um simples assassínio de um inocente justifique a falta de responsabilidade de quem o concebeu?
PS: a questão está uma beca mal formada... devia ter sido abortada... ou não??? Boa Páscoa para todos!!!
E achas que tens o direito de decidir por uma mulher se ela deve ser obrigada a cerregar DENTRO DO SEU CORPO durante nove meses uma criança que não é, de todo, desejada? Claro que como homem, nunca terás de te preocupar com esse problema, não é?
Calma! a questão não pode ser colocada assim Luna. Não podes dar o direito de decidir o que quer que seja só à mulher. Não foi ela que o concebeu sozinha. Têm que ser ambos os progenitores a chegar a um consenso. Basta que um diga não, para não haver aborto! tem que ser assim, senão é a alienação total. Estamos a falar da concepção de uma vida a dois! Lá porque a mulher o carrega 9 meses isso não quer dizer bitaites, é uma questão meramente orgânica, biológica. Nós estamos aqui a discutir razão e ética ao mesmo tempo. Se a criança não é desejada tudo passa pela prevenção! corre mal a prevenção tomo a pílula do dia seguinte! O aborto não é contracepção e preocupam-me as proporções que a despenalização possa tomar precisamente porque temos uma população mal formada. Infelizmente Luna isto não é a Holanda!
Tudo bem. Decisão a dois? Penalização a dois! Se o homem é tão responsável como a mulher, e pede igualdade no poder de decisão, deve também ser penalizado/preso no caso da criança abortada ser fruto da sua ejaculação! E não me venham com merdas, que não estamos na Holanda, porque nenhuma mulher gosta de fazer abortos para se divertir. Por mais atrasadas que sejamos, é um tipo de decisão que nunca é feita sem pensar bem, porque abrir as pernas a uma parteira não é uma questão de formação!
Luna, eu falo por mim e pelas minhas convicções, que temos de ser responsáveis pelos nossos próprios actos e pelo que está instaurado na sociedade em que co-habitamos, se as pessoas querem fazer sexo, têm de estar cientes dos "riscos" que correm senão das duas uma, ou começam a utilizar todos os contraceptivos possíveis e imaginários do mercado (e aí sou o primeiro a dizer que foi mm azar) ou deixam pura e simplesmente de fazer "o amor". E claro que como homem seria o primeiro a amar o meu puto e a levá-lo para a academia do Sporting para dar uns chutos na bola... : ) (se nascesse uma menina comprava uma caçadeira para apresentar aos namorados dela... : D) BM, estou de acordo contigo no sentido em que é uma decisão a dois e não podemos esquecer que os nove meses que vocês tanto falam são apenas o início calmo do que é ser Pai ou Mãe! Com larga vantagem pás Mães que se tornam chatas comó caraças... : P
a Hárpia... se o cachopo tem os dedos grossos ou não, isso não sei... mas devem de ser pesados... : )
Sim,a penalização também deve ser a dois se ele concordou com o acto! E não sei em que mundo vives! Ainda no outro dia deu uma reportagem sobre o assunto em que uma fulana de meia idade já tinha feito 12 abortos! Achas que não estava a tratar do caso com banalidade, não era trivial para ela ir abrir as pernas para a raspagem? Isto não é falta de formação? Ó amiga só a minha falecida avó fez mais de 15! Segundo consta a parteira ia lá a casa de 15 em 15 dias... Primeiro há que educar, só depois se avançam com determinadas coisas! Tu falas bem porque tens dois dedos de testa, mas vai ver o que é que a miúda pobre e sem formação tem a dizer sobre o assunto! Olha bem para o que se está a passar com o caso da Pílula do dia seguinte e por aí concluis muita coisa.
Seria então preferível que essa senhora dos 12 e a tua avó dos 15 tivessem tido todas essas crianças? Provavelmente morreriam mais tarde de qualquer doença agravada pela subnutrição. Obviamente não acho que fazer um aborto deva ser uma decisão leviana, mas uma decisão responsável. E para isso, tem que existir liberdade para tomar a decisão, qualquer que seja. Eu não sei se faria um aborto, mas tenho 25 anos e um nível sócio-económico estável (claro, vivo com os meus pais), mas não sei se pensaria da mesma maneira se tivesse engravidado aos 16 anos, e não tivesse meios de criar um filho. Tudo é relativo, e a penalização não evita nada, apenas obriga a que o acto seja feito sem condições mínimas de dignidade e higiene para quem não tem dinheiro suficiente para ir a espanha. Claro que a nossa mentalidadezinha tacanha vê isto como um castigo merecido: gostaste de fazê-lo, agora aguenta!
Repara 'tás a misturar tudo! Primeiro, eu nunca disse que era contra o aborto... Pessoalmente, creio que deverá ficar ao critério de quem está directamente implicado no assunto. Apenas chamei à atenção para que agora não esfreguem as mãos de contentamento e toca a abortar à parva. Repara, hoje em dia a penalização só afecta o pobre, porque quem tem dinheiro sai do país e fá-lo onde seja permitido. Concordamos. Mas, quando eu cito aquela senhora e a minha avó apenas pretendo sublinhar a falta de formação das pessoas. E só me dás razão com a miúda do 16 anos. Nós temos que evitar é que elas engravidem aos 16 anos. Dar-lhes formação nesse sentido. Uma miúda de 16 anos não tem legitimidade para nada, o que é que tu sabias da vida aos 16? Nada! Logo não se te pode pôr uma decisão dessas nas mãos. A sociedade tem que se preocupar em educar sexualmente desde a tenra idade e não remediar merdas. O nosso problema é precisamente esse, somos tão irresponsáveis que passamos a vida a dar um jeitinho! A desenrascar! Não pode ser... Eu luto todos os dias para que quem me ouve saiba ter um comportamento sexual saudável. Basta ter cabecinha! Quando a minha filha nascer seguramente desde cedo vou ensiná-la a não ter tabus sobre sexo e a saber prevenir-se. Infelizmente esse é o fosso cada vez maior na sociedade portuguesa: os que recebem uma boa educação e formação e os que continuam a cultivar a ignorância. Não queiras tu que eles contribuir para essa ignorância! Se uma pessoa tem fome não lhe dês o peixe, ensina-a primeiro a pescar. E nunca ninguém aqui disse, dos presentes, «gostaste de o fazer agora aguenta-o», ainda que o portugal sem formação o pense. A coisa nem deve passar por aí. Deve passar por: sempre fomos responsáveis mas houve efectivamente um azar, estamos os dois de acordo, então vamos considerar o aborto. E também temos que ver até que semanas o vão permitir. Que isso também não é assim de ânimo leve! Porque há uma grande diferença entre abortar porque não se tem condições, ou abortar porque se detectou uma anomalia no feto às 32 semanas. Um feto com 32 semanas tem sensivelmente 7 meses já pode nascer: ouve-te e mexe-se dentro de ti como um bébé normal. Eu não posso levar tanto tempo a decidir se posso ou não tê-lo! Mas isso já são outros quinhentos.
Obviamente tudo tem limites, e deve ser pensado de forma consciente e com ética. Só não suporto esta hipocrisia da sociedade em que vivemos.
Eu não pertenço à grande maioria, aos 16 anos estava ainda longe duma vida sexual activa, mas conhecia já os métodos contraceptivos. E nunca até hoje me arrisquei a engravidar por falta de cabeça (claro que nenhum método é 100% infalível). Mas eu não posso julgar os outros segundo os meus princípios, e infelizmente, a grande maioria das miudas de 16 anos não sabe tanto quanto devia.
Se a questão não passa primeiramente e sobretudo pela formação do portuga, há alguém que me explique porque é que a SIDA está a propagar-se cada vez mais mesmo entre a camada universitária? E Luna é muito triste o comentário «E achas que tens o direito de decidir por uma mulher se ela deve ser obrigada a cerregar DENTRO DO SEU CORPO durante nove meses», pois é óbvio que o homem também tem uma palavra a dizer, ou já tens uma maneira de fazer filhos sem esperma? a investigação vai nesse sentido, mas até lá...
É óbvio que o homem também tem uma palavra a dizer, e aliás até diz demais, porque essa palavra e responsabilidade só valem num sentido. Responsabilidade partilhada? Concordo. Mas quanto ao bem e ao mal.
E além disso, eu, mesmo sendo mulher, não me sinto no direito de decidir por outra. É isso que está em questão!
Lá está o que disse da outra vez: nós acabamos por nos entender, mas tu és tão explosiva que na hora não consegues ponderar bem sobre o assunto, as palavras saem-te descontroladas! Parecemos os tolinhos a dar razão uns aos outros, mas por caminhos diferentes: se tu dizes que «infelizmente, a grande maioria das miudas de 16 anos não sabe tanto quanto devia» então estás-me a dar razão quando eu digo que precisam primeiro de formação! Além do quê já 'tou farto! A Miss M. lança a poia (mal e porcamente diga-se de passagem) e depois nós é que contribuímos para o alto número de comentários no blog dela! Não é justo. Manda lá um bitaite no teu, que a malta transfere-se para lá! Porta-te.
Bem, desculpem a demora, mas estive a trabalhar e qd cheguei estava demasiado cansada p dar a minha opinião. Então aqui vai: 1º A nossa sociedade foi, é e sempre será hipócrita, está intrinseco em nós... 2º Obviamnete que o aborto não é, nem já mais poderá ser um método contraceptivo. 3º Se a lei for aprovada, passará a ser despenalizado o aborto até às 10 semanas, altura em que obviamente a vida que está a crescer dentro de nós, mulheres, já se encontra numa altura bastante avançada, é sem dúvida um ser humano, uma parte de nós, mas penso que esta medida será (ou deverá ser) acompanhada por especialistas que deverão orientar e avaliar principalmente as menores, que apavoradas (por falta de informação umas e por se estarem totalmente nas tintas outras) não sabem o que fazer aos 14,15 anos com uma criança no ventre... 4º Só uma mulher que já o fez ou que tenha estado próximo de o fazer tem a noção do que é efectivamente fazer um aborto, seja ele com ou sem condições. Pouquíssimas pessoas têm noção do que é para uma mulher abortar e arrancar de dentro de si uma vida. Trata-se não de uma medida contraceptiva, mas de não ter mais opção e ter consciência e noção da realidade em que vivemos. 5º As condições em que TEMOS filhos são efectivamente decididas por nós, homem e mulher que os concebem, mas quando perante um filho inesperado e indesejado, as condições em que não OS TEMOS (se a opção for unicamente abortar) passam pelas condições que nos são oferecidas pelas entidades públicas e privadas de saúde. 6º Os preservativos só não são dados em mais sítios graças à tacanhez do povinho... Mas basta ir ao centro de saúde mais próximo, e no Planeamento Familiar dão-nos todos os que precisarmos, quantas vezes quisermos. Aproveitando que já lá estão, podem ter de graça e sem tabus uma conversinha com a enfermeira sobre tudo o que esteja relacionado com sexualidade e planeamento (assusta-me constatar que a maioria das adolescentes já com vida sexual activa nunca pisaram no consultório de um ginecologista!!!) 7º Um dos principais problemas passa pelo constrangimento absurdo dos educadores desta nossa sociedade, de todos os que influenciam desde que nascemos a nossa formação, em falar sobre sexo, medidas contraceptivas e doenças infectocontagiosas... Esta medida de despenalização TEM que ser acompanhada por uma massiva e real acção de informação e esclarecimento, de educação de (infezismente) quase 80% da população nacional. A falta involuntária ou voluntária de informação é bem mais grave do que a "falta de responsabilidade". 8º Quando acidentalmente nos deparamos com uma gravidez indesejada, para a qual não estamos preparados, gravidez que não queremos de facto porque não temos condições psiquícas, fisícas, económicas nem sociais, o que fazer? Ter a criança, nestas circunstâncias, pode repercutir em mais um ser inocente mal amado, que será (mesmo que inconscientemente) desde que nasceu mal tratado pelos progenitores e pela vida, porque não foi desejado e não nasceu na altura certa. Não será uma gravidez que mesmo assim é levada avante, também uma gravidez de risco? Para isto mais vale não o ter... e nunca, que ninguém o pense, nunca esta opção é tomada de ânimo leve. Nunca. Só uma mulher sabe a dor que a vai acompanhar para o resto da sua vida. 9ºA maior parte das vezes é o homem que vai com demasiado fogo e se esquece da protecçãozita, ou até se recusa "a", porque (e efectivamente)é melhor ao "naturel"... ainda há também aqueles que pensam que a mulher é que tem que tomar a pílula, e que eles não têm por isso que se preocupar (quantas vezes já ouvi a mesma história: "Ela engravidou? Mas como? Jurou-me que tomava a pílula!")... As meninas também estão cada vez mais acomodadas à liberalização da pílula do dia seguinte, e por isso estão-se cada vez mais nas tintas. Esquecem-se é que o uso prolongado e abusivo desta pílula maravilha terá mais tarde efeitos secundários indesejados, para não falar da parafernália de doenças sexualmente transmissíveis que não vêm escarrapachadas na cara do nosso parceiro sexual e que cada vez mais se propagam... Depois admiram-se! Quanto às responsabilidades, a maior parte das vezes o homem tira o corpo fora quando toca a responsabilidades e deveres partilhados, mas não sei porquê, parece-me que isso está a mudar... Assim o espero! 10º Tenho 23 anos e desde os 15 que quero ter um filho. Sou daquelas meninas que iniciou a sua vida sexual activa aos 13 anos, que para a maioria parecerá um absurdo, mas o que é certo é que nunca engravidei, nunca fui contagiada ou contagiei alguém, nunca tomei a pílula do dia seguinte, nunca apanhei um susto... Nunca, já mais me passou, passa ou passará pela cabeça ter relações sexuais sem qualquer tipo de perotecção. Mesmo assim, o uso da pílula, pura e simplesmente, só depois de ter uma relação estável e duradoura e de ter a certeza que está tudo bem comigo e com ele (aí está mais uma questão: o teste de HIV é gratuito e anónimo...), caso contrário o preservativo é o meu melhor amigo. Mas apesar da minha vontade de ser mãe, e de o meu relógio biológico já andar a berrar, se eu engravidasse hoje, morria por dentro, mas não tinha o filho. Porquê? Porque ainda não chegou, nem pouco mais ou menos, a altura certa. Um filho é a nossa vida a partir do momento em que o decidimos ter, não é ter e passados 3 meses deixá-lo com os avós ou com uma ama, ou metê-lo num infantário, porque temos que trabalhar ou porque queremos continuar com a vida que até aí tinhamos...
«os preservativos deviam ser dados em todos os sítios à borlix»
que os dão nos Centros de Saúde já o pessoal sabe, mas eu queria uma espécie de marca branca gratuita (mas de qualidade)em todas as farmácias, supermercados, escolas,...
sou inteiramente a favor dessa medida... os preservativos são excessivamente caros... e os dos centros de saúde são bem bons... passo publicidade...zig zag ... pa f*der a torto e a direito... : )
23 comentários:
Barracosa Babe (babe soa melhor) mas referes-te a quê?
Mas se queres esperar, espera sentadinha.
com toda a hipocrisia da nossa sociedade lá vêem de novo os democratas cristãos com a ladainha do costume a pintar a aprovação da lei como se de uma obrigação de o praticar (o aborto) assim se tratasse...
não é por fecharmos os olhos ou "criminalizar" que as coisas deixam de acontecer. Tenho pena de quando fazem aqueles discursos idiotas tentam negar o que se passa no 3º andar de uma rua na Amadora.
Tenho que concordar que quem lê a pergunta fica um pouco confuso em relação ao que queres realmente colocar?
A questão do aborto não se pode colocar «se temos ou não filhos» porque o aborto não é um método contraceptivo.
Esta questão deve ser legislada com muito cuidado, porque isto não é assim: ups engravidei, deixa-me lá ir ao talho tirar o puto!
Um embrião com seis semanas (que é mais ou menos quando se dá conta que se engravidou) tem já a forma de um bébé. É estranha, mas já é visível a cabecita desmesurada em relação ao corpo e até as maozitas já se veem. E eu acredito piamente que quando uma mãe não faz só o teste de gravidez e decide abortar (que é o mais comum) e faz uma ecografia fique seriamente balançada. Porque há vida dentro dela.
Todavia, aceito que a despenalização do aborto seja novamente revista e ponderada com serenidade (eles adoram este termo).
Mas não vamos fazer disto mais uma liberdade selvagem, ou torná-lo tão comum quanto a toma da pílula do dia seguinte, que é outra vergonha nacional!!! Há gente que toma isso como quem toma ben-u-ron. Não é normal! Isto só revela o povo pobre que somos.
E quem decide «em condições se temos ou não filhos» não são os governantes M.!, és tu, sou eu, é quem está interessado!
Vamos lá usar o preservativo, que mais vale prevenir que remediar! Os preservativos é que deviam ser dados à borlix em todo o sítio, isso sim contribuía para uma boa educação sexual!
Bem me queria parecer que era ao aborto que a Barracosa se queria referir. Mas não quis arriscar...
Era só o mais nos faltava, era agora começarem a usar o aborto como medida contraceptiva.
Todavia, porém, contudo, mais vale fazerem-no com todas as condições de assepsia e por gente especializada, do que por carniceiros.
E realmente ele há casos que mais vale tirar o embrião do que depois irem abandonar o puto na lixeira mais próxima.
Fica um conselho para quem pretenda usar e abusar do aborto: resolvam logo o assunto e tratem de laquear as trompas quando forem fazer o primeiro! Sai mais barato e os resultados são seguríssimos!
Já agora um segundo conselho: Machadix não se percebe ponta do que dizes no primeiro parágrafo.
VÊEM? ou será VÊM? É o verbo ver ou vir?
ainda: «democratas cristãos» e «uma obrigação de o praticar»? O que é isto hãm?! Não é um paradoxo?
sr.dona Hárpia... se ler bem o texto do Sr.Dr.Machadix pode muito bem contextualizar que o "vêem" era de facto um "vêm", e que a tecla do "e" de certeza que ficou presa... agora com um assunto tão importante na mesa de operações deixem-me por favor dar um bitaite pa lançar a confusão... eu votei contra o Aborto no último referendo por achar que diversos parâmetros da proposta não estavam correctos e porque acho que a mentalidade de aprox.80% dos Portugueses não estar preparada para lidar com tão importante permissão. Acho que deve de ser permitido em casos de excepção, por exemplo, em casos de mal-formação do feto comprovada, seja a que altura da gravidez, mas acham mesmo que devemos de permitir que um simples assassínio de um inocente justifique a falta de responsabilidade de quem o concebeu?
PS: a questão está uma beca mal formada... devia ter sido abortada... ou não???
Boa Páscoa para todos!!!
E achas que tens o direito de decidir por uma mulher se ela deve ser obrigada a cerregar DENTRO DO SEU CORPO durante nove meses uma criança que não é, de todo, desejada? Claro que como homem, nunca terás de te preocupar com esse problema, não é?
Calma! a questão não pode ser colocada assim Luna. Não podes dar o direito de decidir o que quer que seja só à mulher. Não foi ela que o concebeu sozinha. Têm que ser ambos os progenitores a chegar a um consenso. Basta que um diga não, para não haver aborto! tem que ser assim, senão é a alienação total. Estamos a falar da concepção de uma vida a dois! Lá porque a mulher o carrega 9 meses isso não quer dizer bitaites, é uma questão meramente orgânica, biológica. Nós estamos aqui a discutir razão e ética ao mesmo tempo.
Se a criança não é desejada tudo passa pela prevenção! corre mal a prevenção tomo a pílula do dia seguinte! O aborto não é contracepção e preocupam-me as proporções que a despenalização possa tomar precisamente porque temos uma população mal formada. Infelizmente Luna isto não é a Holanda!
Sr. Roque, pois... efectivamente o rapaz deve ter os deditos grossos!
Tudo bem. Decisão a dois? Penalização a dois! Se o homem é tão responsável como a mulher, e pede igualdade no poder de decisão, deve também ser penalizado/preso no caso da criança abortada ser fruto da sua ejaculação!
E não me venham com merdas, que não estamos na Holanda, porque nenhuma mulher gosta de fazer abortos para se divertir. Por mais atrasadas que sejamos, é um tipo de decisão que nunca é feita sem pensar bem, porque abrir as pernas a uma parteira não é uma questão de formação!
Luna, eu falo por mim e pelas minhas convicções, que temos de ser responsáveis pelos nossos próprios actos e pelo que está instaurado na sociedade em que co-habitamos, se as pessoas querem fazer sexo, têm de estar cientes dos "riscos" que correm senão das duas uma, ou começam a utilizar todos os contraceptivos possíveis e imaginários do mercado (e aí sou o primeiro a dizer que foi mm azar) ou deixam pura e simplesmente de fazer "o amor".
E claro que como homem seria o primeiro a amar o meu puto e a levá-lo para a academia do Sporting para dar uns chutos na bola... : ) (se nascesse uma menina comprava uma caçadeira para apresentar aos namorados dela... : D)
BM, estou de acordo contigo no sentido em que é uma decisão a dois e não podemos esquecer que os nove meses que vocês tanto falam são apenas o início calmo do que é ser Pai ou Mãe! Com larga vantagem pás Mães que se tornam chatas comó caraças... : P
a Hárpia... se o cachopo tem os dedos grossos ou não, isso não sei... mas devem de ser pesados... : )
seja penalização a dois...
Sim,a penalização também deve ser a dois se ele concordou com o acto! E não sei em que mundo vives! Ainda no outro dia deu uma reportagem sobre o assunto em que uma fulana de meia idade já tinha feito 12 abortos! Achas que não estava a tratar do caso com banalidade, não era trivial para ela ir abrir as pernas para a raspagem?
Isto não é falta de formação?
Ó amiga só a minha falecida avó fez mais de 15! Segundo consta a parteira ia lá a casa de 15 em 15 dias...
Primeiro há que educar, só depois se avançam com determinadas coisas!
Tu falas bem porque tens dois dedos de testa, mas vai ver o que é que a miúda pobre e sem formação tem a dizer sobre o assunto! Olha bem para o que se está a passar com o caso da Pílula do dia seguinte e por aí concluis muita coisa.
Seria então preferível que essa senhora dos 12 e a tua avó dos 15 tivessem tido todas essas crianças?
Provavelmente morreriam mais tarde de qualquer doença agravada pela subnutrição. Obviamente não acho que fazer um aborto deva ser uma decisão leviana, mas uma decisão responsável. E para isso, tem que existir liberdade para tomar a decisão, qualquer que seja.
Eu não sei se faria um aborto, mas tenho 25 anos e um nível sócio-económico estável (claro, vivo com os meus pais), mas não sei se pensaria da mesma maneira se tivesse engravidado aos 16 anos, e não tivesse meios de criar um filho.
Tudo é relativo, e a penalização não evita nada, apenas obriga a que o acto seja feito sem condições mínimas de dignidade e higiene para quem não tem dinheiro suficiente para ir a espanha. Claro que a nossa mentalidadezinha tacanha vê isto como um castigo merecido: gostaste de fazê-lo, agora aguenta!
Repara 'tás a misturar tudo! Primeiro, eu nunca disse que era contra o aborto... Pessoalmente, creio que deverá ficar ao critério de quem está directamente implicado no assunto. Apenas chamei à atenção para que agora não esfreguem as mãos de contentamento e toca a abortar à parva. Repara, hoje em dia a penalização só afecta o pobre, porque quem tem dinheiro sai do país e fá-lo onde seja permitido. Concordamos.
Mas, quando eu cito aquela senhora e a minha avó apenas pretendo sublinhar a falta de formação das pessoas. E só me dás razão com a miúda do 16 anos. Nós temos que evitar é que elas engravidem aos 16 anos. Dar-lhes formação nesse sentido. Uma miúda de 16 anos não tem legitimidade para nada, o que é que tu sabias da vida aos 16? Nada! Logo não se te pode pôr uma decisão dessas nas mãos.
A sociedade tem que se preocupar em educar sexualmente desde a tenra idade e não remediar merdas. O nosso problema é precisamente esse, somos tão irresponsáveis que passamos a vida a dar um jeitinho! A desenrascar! Não pode ser... Eu luto todos os dias para que quem me ouve saiba ter um comportamento sexual saudável. Basta ter cabecinha! Quando a minha filha nascer seguramente desde cedo vou ensiná-la a não ter tabus sobre sexo e a saber prevenir-se. Infelizmente esse é o fosso cada vez maior na sociedade portuguesa: os que recebem uma boa educação e formação e os que continuam a cultivar a ignorância. Não queiras tu que eles contribuir para essa ignorância!
Se uma pessoa tem fome não lhe dês o peixe, ensina-a primeiro a pescar.
E nunca ninguém aqui disse, dos presentes, «gostaste de o fazer agora aguenta-o», ainda que o portugal sem formação o pense. A coisa nem deve passar por aí. Deve passar por: sempre fomos responsáveis mas houve efectivamente um azar, estamos os dois de acordo, então vamos considerar o aborto.
E também temos que ver até que semanas o vão permitir. Que isso também não é assim de ânimo leve! Porque há uma grande diferença entre abortar porque não se tem condições, ou abortar porque se detectou uma anomalia no feto às 32 semanas. Um feto com 32 semanas tem sensivelmente 7 meses já pode nascer: ouve-te e mexe-se dentro de ti como um bébé normal. Eu não posso levar tanto tempo a decidir se posso ou não tê-lo! Mas isso já são outros quinhentos.
Obviamente tudo tem limites, e deve ser pensado de forma consciente e com ética. Só não suporto esta hipocrisia da sociedade em que vivemos.
Eu não pertenço à grande maioria, aos 16 anos estava ainda longe duma vida sexual activa, mas conhecia já os métodos contraceptivos. E nunca até hoje me arrisquei a engravidar por falta de cabeça (claro que nenhum método é 100% infalível). Mas eu não posso julgar os outros segundo os meus princípios, e infelizmente, a grande maioria das miudas de 16 anos não sabe tanto quanto devia.
Se a questão não passa primeiramente e sobretudo pela formação do portuga, há alguém que me explique porque é que a SIDA está a propagar-se cada vez mais mesmo entre a camada universitária?
E Luna é muito triste o comentário «E achas que tens o direito de decidir por uma mulher se ela deve ser obrigada a cerregar DENTRO DO SEU CORPO durante nove meses», pois é óbvio que o homem também tem uma palavra a dizer, ou já tens uma maneira de fazer filhos sem esperma? a investigação vai nesse sentido, mas até lá...
É óbvio que o homem também tem uma palavra a dizer, e aliás até diz demais, porque essa palavra e responsabilidade só valem num sentido. Responsabilidade partilhada? Concordo. Mas quanto ao bem e ao mal.
E além disso, eu, mesmo sendo mulher, não me sinto no direito de decidir por outra. É isso que está em questão!
Lá está o que disse da outra vez: nós acabamos por nos entender, mas tu és tão explosiva que na hora não consegues ponderar bem sobre o assunto, as palavras saem-te descontroladas! Parecemos os tolinhos a dar razão uns aos outros, mas por caminhos diferentes: se tu dizes que «infelizmente, a grande maioria das miudas de 16 anos não sabe tanto quanto devia» então estás-me a dar razão quando eu digo que precisam primeiro de formação!
Além do quê já 'tou farto! A Miss M. lança a poia (mal e porcamente diga-se de passagem) e depois nós é que contribuímos para o alto número de comentários no blog dela! Não é justo. Manda lá um bitaite no teu, que a malta transfere-se para lá!
Porta-te.
Bem, desculpem a demora, mas estive a trabalhar e qd cheguei estava demasiado cansada p dar a minha opinião.
Então aqui vai:
1º A nossa sociedade foi, é e sempre será hipócrita, está intrinseco em nós...
2º Obviamnete que o aborto não é, nem já mais poderá ser um método contraceptivo.
3º Se a lei for aprovada, passará a ser despenalizado o aborto até às 10 semanas, altura em que obviamente a vida que está a crescer dentro de nós, mulheres, já se encontra numa altura bastante avançada, é sem dúvida um ser humano, uma parte de nós, mas penso que esta medida será (ou deverá ser) acompanhada por especialistas que deverão orientar e avaliar principalmente as menores, que apavoradas (por falta de informação umas e por se estarem totalmente nas tintas outras) não sabem o que fazer aos 14,15 anos com uma criança no ventre...
4º Só uma mulher que já o fez ou que tenha estado próximo de o fazer tem a noção do que é efectivamente fazer um aborto, seja ele com ou sem condições. Pouquíssimas pessoas têm noção do que é para uma mulher abortar e arrancar de dentro de si uma vida. Trata-se não de uma medida contraceptiva, mas de não ter mais opção e ter consciência e noção da realidade em que vivemos.
5º As condições em que TEMOS filhos são efectivamente decididas por nós, homem e mulher que os concebem, mas quando perante um filho inesperado e indesejado, as condições em que não OS TEMOS (se a opção for unicamente abortar) passam pelas condições que nos são oferecidas pelas entidades públicas e privadas de saúde.
6º Os preservativos só não são dados em mais sítios graças à tacanhez do povinho... Mas basta ir ao centro de saúde mais próximo, e no Planeamento Familiar dão-nos todos os que precisarmos, quantas vezes quisermos.
Aproveitando que já lá estão, podem ter de graça e sem tabus uma conversinha com a enfermeira sobre tudo o que esteja relacionado com sexualidade e planeamento (assusta-me constatar que a maioria das adolescentes já com vida sexual activa nunca pisaram no consultório de um ginecologista!!!)
7º Um dos principais problemas passa pelo constrangimento absurdo dos educadores desta nossa sociedade, de todos os que influenciam desde que nascemos a nossa formação, em falar sobre sexo, medidas contraceptivas e doenças infectocontagiosas...
Esta medida de despenalização TEM que ser acompanhada por uma massiva e real acção de informação e esclarecimento, de educação de (infezismente) quase 80% da população nacional.
A falta involuntária ou voluntária de informação é bem mais grave do que a "falta de responsabilidade".
8º Quando acidentalmente nos deparamos com uma gravidez indesejada, para a qual não estamos preparados, gravidez que não queremos de facto porque não temos condições psiquícas, fisícas, económicas nem sociais, o que fazer? Ter a criança, nestas circunstâncias, pode repercutir em mais um ser inocente mal amado, que será (mesmo que inconscientemente) desde que nasceu mal tratado pelos progenitores e pela vida, porque não foi desejado e não nasceu na altura certa. Não será uma gravidez que mesmo assim é levada avante, também uma gravidez de risco?
Para isto mais vale não o ter... e nunca, que ninguém o pense, nunca esta opção é tomada de ânimo leve. Nunca. Só uma mulher sabe a dor que a vai acompanhar para o resto da sua vida.
9ºA maior parte das vezes é o homem que vai com demasiado fogo e se esquece da protecçãozita, ou até se recusa "a", porque (e efectivamente)é melhor ao "naturel"... ainda há também aqueles que pensam que a mulher é que tem que tomar a pílula, e que eles não têm por isso que se preocupar (quantas vezes já ouvi a mesma história: "Ela engravidou? Mas como? Jurou-me que tomava a pílula!")...
As meninas também estão cada vez mais acomodadas à liberalização da pílula do dia seguinte, e por isso estão-se cada vez mais nas tintas. Esquecem-se é que o uso prolongado e abusivo desta pílula maravilha terá mais tarde efeitos secundários indesejados, para não falar da parafernália de doenças sexualmente transmissíveis que não vêm escarrapachadas na cara do nosso parceiro sexual e que cada vez mais se propagam... Depois admiram-se!
Quanto às responsabilidades, a maior parte das vezes o homem tira o corpo fora quando toca a responsabilidades e deveres partilhados, mas não sei porquê, parece-me que isso está a mudar...
Assim o espero!
10º Tenho 23 anos e desde os 15 que quero ter um filho. Sou daquelas meninas que iniciou a sua vida sexual activa aos 13 anos, que para a maioria parecerá um absurdo, mas o que é certo é que nunca engravidei, nunca fui contagiada ou contagiei alguém, nunca tomei a pílula do dia seguinte, nunca apanhei um susto...
Nunca, já mais me passou, passa ou passará pela cabeça ter relações sexuais sem qualquer tipo de perotecção. Mesmo assim, o uso da pílula, pura e simplesmente, só depois de ter uma relação estável e duradoura e de ter a certeza que está tudo bem comigo e com ele (aí está mais uma questão: o teste de HIV é gratuito e anónimo...), caso contrário o preservativo é o meu melhor amigo.
Mas apesar da minha vontade de ser mãe, e de o meu relógio biológico já andar a berrar, se eu engravidasse hoje, morria por dentro, mas não tinha o filho.
Porquê?
Porque ainda não chegou, nem pouco mais ou menos, a altura certa.
Um filho é a nossa vida a partir do momento em que o decidimos ter, não é ter e passados 3 meses deixá-lo com os avós ou com uma ama, ou metê-lo num infantário, porque temos que trabalhar ou porque queremos continuar com a vida que até aí tinhamos...
É dificil e até por vezes contraditório...
«os preservativos deviam ser dados em todos os sítios à borlix»
que os dão nos Centros de Saúde já o pessoal sabe, mas eu queria uma espécie de marca branca gratuita (mas de qualidade)em todas as farmácias, supermercados, escolas,...
sou inteiramente a favor dessa medida... os preservativos são excessivamente caros... e os dos centros de saúde são bem bons... passo publicidade...zig zag ... pa f*der a torto e a direito... : )
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