sexta-feira, dezembro 29, 2006

Confrontos

Já tinham tocado as 12 badaladas... a euforia era geral!
De repente ela encontra-o.
Já tinham sido amantes, muito bons amantes, mas agora eram apenas bons amigos.
Mas ela repara que o seu olhar estava baço, triste... Olhou-o seriamente e perguntou-lhe o que se tinha passado.
Ele olhou-a e começaram as lágrimas a cair-lhe pela face abaixo... "Ela bateu-me... Não suporto mais..."
Sem perceber nada, ela pega-lhe na mão e fá-lo sentar um pouco. Pede dois shots e volta a tentar perceber... "Mas bateu-te como? Na cama?!? Mas tu gostas de um pouco de violência..."
Cada vez mais triste levantou a cabeça, bebeu o shot e disse-lhe: "Ela bate-me. De facto."
O silêncio foi petrificante.
Se tivesse sido uma amiga dela a dizer-lhe que o namorado lhe batia, ela teria reagido violentamente, indignadíssima, aconselhando-a vivamente a apresentar queixa na polícia... Mas assim... Ela não conseguiu ter reacção...
Ele continuava a desbobinar tudo o que lhe estava encravado na alma, e ela nada mais conseguiu fazer do que afagá-lo no seu colo e dizer-lhe que estava ali, sempre, e que tinha saudades suas.
Acabaram a noite juntos, mas estranhamente e ao contrário dos velhos tempos em que juntos na cama se transformavam em dois verdadeiros animais sexuais, ele foi o homem mais dócil à face da terra, amando o seu corpo de tal forma que a fez sentir a mulher mais desejada...

Sem comentários: