sexta-feira, dezembro 22, 2006

Só isto

Por que raio haverias de querer a minha alma na tua cama?
Disse-te todas as palavras líquidas, deleitosas, ásperas e obscenas, porque era assim que gostavas.
Sem mentiras.
Gozo, prazer, lascívia...
Nem sequer te omiti que a minha alma não está, nem nunca estará aqui, a minha alma está além, buscando aquele outro que nem tu nem eu sabemos quem é.
Por que haverias tu de querer a minha alma na tua cama?
Contenta-te com a memória de coitos e de momentos sublimes.
Podes tentar outra vez... tenta-me de novo. Obriga-me.
Dá-me infinitamente prazer, mas deixa a minha alma em paz.

2 comentários:

Poeta Aprendiz disse...

Gostei muito deste texto. E compreendo-o...Mas da mesma forma, ou mais, compreendo quem não se contente com um corpo, por mais prazer que este dê. E quem procure a Alma, o inatingível, o horizonte. E são esses que, momentanea e exporadicamente, são capazes de tocar o céu...
Um beijo

amok_she disse...

«Dá-me infinitamente prazer, mas deixa a minha alma em paz.»

...um dia ainda vais perceber q esse 'infinito prazer' não se atinge sem alma!, até lá...q a paz esteja contigo!eheheheh