Há 7 meses
segunda-feira, janeiro 31, 2005
domingo, janeiro 30, 2005
É o país que temos
Todos os dias, às 13h e às 20h, faço questão de ver, mais ou menos atentamente, os telejornais transmitidos pelos três canais generalistas que temos...
Desde há um mês para cá, tem-me acontecido uma sensação de repúdio e tristeza cada vez que cada um dos espaços noticiários entra na fase destinada à gestão dos programas politicos de cada um dos partidos candidatos à assembeleia da república...
Sempre pensei, na minha santa ignorância e ingenuidade, que um partido politico, e principalmente quem dá a cara e a voz por esse partido (que curiosamente em sociologia é identificado por alguns autores como "Homem feito Classe"), ocupava espaço na cena política a fim de esclarecer os possíveis eleitores e corresponder às espectativas dos que neles votam...
Que infantilidade a minha!
O que realmente importa na nossa sociedade evoluída e globalizada, que acompanha (ou procura pelo menos desesperadamente acompanhar) o ritmo da UE, é vir queimar o precioso tempo dos telespectadores com rixas políticas, acusações mútuas e troca de insultos...
Fiquei muito preocupada quando, ao responder a uma sondagem do Sapo sobre o nível de esclarecimento dos portugueses sobre os programas políticos dos partidos concorrentes às Legislativas, verifiquei que mais de 80% dos inquiridos não tinham qualquer tipo de ideia sobre os seus conteúdos...
Depois admiram-se e censuram os eleitores quando a taxa de abstenção é alta e a frequência da mesa de votos baixa... Vão votar em quem? E para quê? Porquê?
Teria a sua graça se deixassem de se distrair com as picardias políticas (ou deverei antes dizer passoais?) e se pelo menos de vez em quando se lembrassem de esclarecer e defender os programas políticos propostos... Pelo menos, quanto mais não seja para mostrar trabalho...
Acho que qualquer dia emigro para o Tibete... ao menos aí temos tempo para meditar sobre o que realmente é importante...
Desde há um mês para cá, tem-me acontecido uma sensação de repúdio e tristeza cada vez que cada um dos espaços noticiários entra na fase destinada à gestão dos programas politicos de cada um dos partidos candidatos à assembeleia da república...
Sempre pensei, na minha santa ignorância e ingenuidade, que um partido politico, e principalmente quem dá a cara e a voz por esse partido (que curiosamente em sociologia é identificado por alguns autores como "Homem feito Classe"), ocupava espaço na cena política a fim de esclarecer os possíveis eleitores e corresponder às espectativas dos que neles votam...
Que infantilidade a minha!
O que realmente importa na nossa sociedade evoluída e globalizada, que acompanha (ou procura pelo menos desesperadamente acompanhar) o ritmo da UE, é vir queimar o precioso tempo dos telespectadores com rixas políticas, acusações mútuas e troca de insultos...
Fiquei muito preocupada quando, ao responder a uma sondagem do Sapo sobre o nível de esclarecimento dos portugueses sobre os programas políticos dos partidos concorrentes às Legislativas, verifiquei que mais de 80% dos inquiridos não tinham qualquer tipo de ideia sobre os seus conteúdos...
Depois admiram-se e censuram os eleitores quando a taxa de abstenção é alta e a frequência da mesa de votos baixa... Vão votar em quem? E para quê? Porquê?
Teria a sua graça se deixassem de se distrair com as picardias políticas (ou deverei antes dizer passoais?) e se pelo menos de vez em quando se lembrassem de esclarecer e defender os programas políticos propostos... Pelo menos, quanto mais não seja para mostrar trabalho...
Acho que qualquer dia emigro para o Tibete... ao menos aí temos tempo para meditar sobre o que realmente é importante...
sexta-feira, janeiro 28, 2005
Parabéns??
Será caso para dizer...
Talvez...
Hoje faço 23 anos... Estou a ficar velha... Velha e frustrada...
Como é habitual, costumo convidar os meus amigos para fazer uma grande jantarada e comemorar mais um aniversário... mas como há sempre qualquer coisa que não corre bem, este ano decidi não planear nada e deixar as coisas acontecer no seu ritmo natural...
A única coisa que fazia questão era ir passear, apanhar sol, ar puro desta serra mágica de Sintra, que todos os dias ma abençoa, mas onde já não vou há tanto tempo... Contigo...
Mas nem isso tenho direito a fazer... porque para variar, algo corre mal, e eu vou passar este dia, supostamente feliz e especial, em casa de pijama em frente à televisão, como todos os outros dias a ver as horas passar e o dia acabar...
Parabéns Maria...
Talvez...
Hoje faço 23 anos... Estou a ficar velha... Velha e frustrada...
Como é habitual, costumo convidar os meus amigos para fazer uma grande jantarada e comemorar mais um aniversário... mas como há sempre qualquer coisa que não corre bem, este ano decidi não planear nada e deixar as coisas acontecer no seu ritmo natural...
A única coisa que fazia questão era ir passear, apanhar sol, ar puro desta serra mágica de Sintra, que todos os dias ma abençoa, mas onde já não vou há tanto tempo... Contigo...
Mas nem isso tenho direito a fazer... porque para variar, algo corre mal, e eu vou passar este dia, supostamente feliz e especial, em casa de pijama em frente à televisão, como todos os outros dias a ver as horas passar e o dia acabar...
Parabéns Maria...
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Olhar
Remexi comigo.
Olhei para dentro e reflecti.
Chorei.
Apaziguei a minha dor e mergulhei na mágoa.
Senti o tudo e o nada, a felicidade e o vazio.
Fechei os olhos e vi-te a correr para os meus braços.
Senti então o cheiro agridoce da terra, húmido, quente, forte, muito forte.
Penetrante.
Perfuraste as minhas entranhas e instalaste-te no mais profundo recanto da minha alma.
Vi-te sorrir e senti a brisa suave do mar, inebriei-me com o seu doce e subtil cheiro a tudo o que é puro e belo.
Molhei a face nas suas frias águas, que me abraçaram toda, deixando-me o corpo marcado com o seu penetrante sal, e chorei.
Deitada sobre a terra forte, húmida e quente, o mar infinito, subtil e intenso… deixei-me divagar por entre os afagos do vento.
Senti a sua envolvência, por entre lapsos de lucidez vislumbrei o fogo que ardia só, em toda a sua grandiosidade… deixei-me seduzir por todo o seu calor repleto de vida.
Senti-me completa. Vagueei por entre o teu sorriso e a tua presença.
Mas a tristeza…
Corrói o meu peito.
Mata-me devagarinho…
Chega por vezes a perder-se dentro de mim.
É então que recordo que tu estás. Fecho os olhos e volto à tranquilidade do teu sorriso e à imensidão da tua presença.
Relaxo os meus olhos cansados de chorar e deixo o meu corpo estoirado adormecer junto ao teu.
Sinto o teu calor. Assim fico… num sono profundo e eterno.
Onde só tu existes.
Onde só a ti pertenço.
Bom dia
terça-feira, janeiro 25, 2005
Aqui as horas não têm fim
São vagas as horas quando o pensamento se bloqueia dentro da minha mente e apenas o turbilhão de sensações me diz que afinal ainda estou viva...
O olhar dos mortos pode fazer-nos ver...
O olhar dos mortos pode fazer-nos ver...
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Realidade ilusória
As palavras silibam ao sabor do aroma adocicado do alcool, enquanto o meu esgar deambula por entre os corpos vazios de almas e de sentimentos.
As presenças transformam-se sucessivamente em epicentros de hipocrisia, emanando sorrisos dissimulados e conversas de circunstância...
Sinto-me leve, livre, solta de todas estas amarras artificiais que me circundam, num estado de harmonia total, com um sorriso que não consigo arrancar dos meus lábios e recebo toda a energia que nos envolve.
Sou amiga, amante, confidente, inimiga...
Oiço conversas soltas, confissões, intrigas, verdades e mentiras, projecções de estados interiores distorcidos por sentidos de alma perdidos...
Continuo a minha deambulação errante registando e interpretando todos os comportamentos e todos os sinais...
Sinto-me irreal nesta realidade ilusória e já nem sei se me sinto confusa ou se estou perante uma ilusão real...
As presenças transformam-se sucessivamente em epicentros de hipocrisia, emanando sorrisos dissimulados e conversas de circunstância...
Sinto-me leve, livre, solta de todas estas amarras artificiais que me circundam, num estado de harmonia total, com um sorriso que não consigo arrancar dos meus lábios e recebo toda a energia que nos envolve.
Sou amiga, amante, confidente, inimiga...
Oiço conversas soltas, confissões, intrigas, verdades e mentiras, projecções de estados interiores distorcidos por sentidos de alma perdidos...
Continuo a minha deambulação errante registando e interpretando todos os comportamentos e todos os sinais...
Sinto-me irreal nesta realidade ilusória e já nem sei se me sinto confusa ou se estou perante uma ilusão real...
sábado, janeiro 22, 2005
Dias de paz
foram dias intensos onde o conflito entre o orgulho e a falta de amor próprio me desgastaram a alma e todas as energias guardadas no mais intimo do meu ser... foram dias em que a linha ténue da loucura me tocou e o perfeccionismo quase me assolapou a lucidez que me restava... foram dias em que nada me pareceu suficientemente sustentável e nem tão pouco palpável...
foram dias em que me apeteceu simplesmente desaparecer e ser ar para respirar, liberdade e paz... foram dias infindávelmente insuportáveis em que as horas voaram, apesar de pesadas e densas, e em que a única coisa que me confortou a alma foi o calor da tua voz ou simplesmente o afago da tua presença (se bem que em ausência)...
agora que estes dias já perderam grande parte da sua densidade, a sensação é de cansaço, insuportável cansaço... os dias agora passam mais ligeiros, o sol já brilha lá fora também para mim, mas sinto falta de qualquer coisa...
será de ti?
ou de mim?
foram dias em que me apeteceu simplesmente desaparecer e ser ar para respirar, liberdade e paz... foram dias infindávelmente insuportáveis em que as horas voaram, apesar de pesadas e densas, e em que a única coisa que me confortou a alma foi o calor da tua voz ou simplesmente o afago da tua presença (se bem que em ausência)...
agora que estes dias já perderam grande parte da sua densidade, a sensação é de cansaço, insuportável cansaço... os dias agora passam mais ligeiros, o sol já brilha lá fora também para mim, mas sinto falta de qualquer coisa...
será de ti?
ou de mim?
sexta-feira, janeiro 21, 2005
underground
8.15 A.M. Chego a casa e enterro o meu corpo na luz, na doce seiva da manhã. Durmo. Sonho até que a noite regresse de novo ao meu sangue fervilhante, e me desperte a ânsia de viver.
22.45 P.M. De novo revitalizada, sinto-me envolvida pela sensualidade da escuridão que me invade a casa, o corpo, as entranhas...
Por entre passos incertos, caminho como que hipnotizada em direcção a uma força superior à minha vontade, que me transporta para um espaço além dos corpos, onde paira a obscura imagem da purificação... e através do inesperado esgravatar de
sombras aveludadas, deparo-me com o imprevisto silêncio das imagens...
1.52 A.M. Já me encontro envolta na inevitável molhe humana, onde com o meu rosto louco nocturno me confundo, me transformo, e imbuo os esgares sensuais que através da sua mudez sufocam desejos acidulados...
4.18 A.M. O movimento das luzes aumenta a velocidade das transformações que distorcem a realidade, há no ar uma confusão de odores que embebidos em excessos transparecem acidez, e que se lançam numa vertiginosa metamorfose, num trepidante esgravatar dos corpos, das almas.
Defronte do espelho, sinto o meu corpo quente, obcecado como um pêndulo entre o belo e o horrível, faço jogos de cores, misturo todas as imagens de que me consigo recordar num cicio mudo, e sinto-me milhares de máscaras e milhares de corpos abandonados ao mesmo tempo. Suo. Fumo.
Envolvo-me na desejosa sensualidade da molhe, livre voo por entre milhares dê partículas perdidas, por entre este ar tão pesado que nos resgata as almas... vejo-as enclausuradas no interior dos corpos limitados e sólidos.
7.05 A.M. Por entre a plúmbea, o alucínio da horde rende-se às imagens de uma música transformada, que exala um cheiro a suor aveludado, imbuído em álcool, droga e sexo.
O desgaste começa a quebrar a subtil camada que protege este rosto louco, e põe à vista as pessoas que já não são pessoas, pois as suas identidades confundiram--se no crisol da massa...
Estão todos tão bem dispostos!... Tão bem dispostos como quem já está morto, como quem se move silencioso no interior surdo das suas próprias sombras.
8.35 A.M. O dia nasce lá fora. Caminho de novo em direcção à seiva da manhã. O antagonismo palpita feroz no meu pensamento, e o cansaço apodera-se do que resta do meu corpo. Não chego a sentir o calor do sol na face ainda isolada pelas réstias de uma máscara... O que vale é a lembrança de uma vida de martírio ininterrupto, mas de infinito prazer.
22.45 P.M. De novo revitalizada, sinto-me envolvida pela sensualidade da escuridão que me invade a casa, o corpo, as entranhas...
Por entre passos incertos, caminho como que hipnotizada em direcção a uma força superior à minha vontade, que me transporta para um espaço além dos corpos, onde paira a obscura imagem da purificação... e através do inesperado esgravatar de
sombras aveludadas, deparo-me com o imprevisto silêncio das imagens...
1.52 A.M. Já me encontro envolta na inevitável molhe humana, onde com o meu rosto louco nocturno me confundo, me transformo, e imbuo os esgares sensuais que através da sua mudez sufocam desejos acidulados...
4.18 A.M. O movimento das luzes aumenta a velocidade das transformações que distorcem a realidade, há no ar uma confusão de odores que embebidos em excessos transparecem acidez, e que se lançam numa vertiginosa metamorfose, num trepidante esgravatar dos corpos, das almas.
Defronte do espelho, sinto o meu corpo quente, obcecado como um pêndulo entre o belo e o horrível, faço jogos de cores, misturo todas as imagens de que me consigo recordar num cicio mudo, e sinto-me milhares de máscaras e milhares de corpos abandonados ao mesmo tempo. Suo. Fumo.
Envolvo-me na desejosa sensualidade da molhe, livre voo por entre milhares dê partículas perdidas, por entre este ar tão pesado que nos resgata as almas... vejo-as enclausuradas no interior dos corpos limitados e sólidos.
7.05 A.M. Por entre a plúmbea, o alucínio da horde rende-se às imagens de uma música transformada, que exala um cheiro a suor aveludado, imbuído em álcool, droga e sexo.
O desgaste começa a quebrar a subtil camada que protege este rosto louco, e põe à vista as pessoas que já não são pessoas, pois as suas identidades confundiram--se no crisol da massa...
Estão todos tão bem dispostos!... Tão bem dispostos como quem já está morto, como quem se move silencioso no interior surdo das suas próprias sombras.
8.35 A.M. O dia nasce lá fora. Caminho de novo em direcção à seiva da manhã. O antagonismo palpita feroz no meu pensamento, e o cansaço apodera-se do que resta do meu corpo. Não chego a sentir o calor do sol na face ainda isolada pelas réstias de uma máscara... O que vale é a lembrança de uma vida de martírio ininterrupto, mas de infinito prazer.
Túmulo de Palavras
Cogito sobre as coisas que me recordam conversas distantes com "amigos". Não sei bem o quê...
chegam-me à memória rostos, sons, cheiros, vozes.
Não compreendo o que dizem.
Estou cansada, é-me difícil saber se sou eu ou o meu corpo que está cansado.
Talvez estejamos os dois. Aturamo-nos os maus humores e os momentos de felicidade. Dormimos e amamos juntos.
Por vezes apetece-me abandoná-lo, voar e estender-me por cima dele. Mas há momentos tão tristes...momentos em que não estás aqui. É obsessão minha amar-te.
Se fechasse os olhos, ter-te-ía só para mim, até à linha inexistente do horizonte...
Anoitece sobre o meu corpo. Devagar. Anoitece onde não estou, dentro dos objectos que evocam a tua presença. A penumbra invade tudo o que é sólido.
Dantes a solidão vergava-me, mas com o passar do tempo, povoei-a de sorrisos, corpos que aderem à memória e me recordam que existo. Quando se aprende a estar sozinho, tem-se tudo e não se possui nada.
Se morresse agora, não deixava nada, porque bebi tudo com toda a minha sede, esvaziei-me, devorei esse amargo que têm as coisas antes de nos pertencerem.
O teu corpo...custou-me tanto a reinventar-lhe formas consistentes...e a tua alma vive agora dentro do espelho onde se perdeu o meu corpo...A paixão talvez seja um lugar onde a luz mal se ergueu ainda, e as palavras se formem a partir de silêncios, onde ardem brandamente, confusas, dispersas, apenas sons indefinidos, criando outras realidades.
É com medo que me vejo atrás de cada uma delas... As palavras mudas escondem o meu pavor de um dia deixar de saber quem sou.
Desejar que o mar recuasse, significaria ter-te aqui e um instante mais tarde beijar-te o corpo todo...
Meu coração presente a tua continua ausência...no fundo, tu existes dentro de mim, fazes parte da minha vida.
Posso assim correr o risco de enlouquecer sozinha!
A noite vem fria e ligeira como um insecto. Pouso a minha cabeça na tua voz, cubro o rosto com as tuas asas de borboleta...
Sinto que são horas de me erguer e caminhar para fora deste túmulo de palavras!
chegam-me à memória rostos, sons, cheiros, vozes.
Não compreendo o que dizem.
Estou cansada, é-me difícil saber se sou eu ou o meu corpo que está cansado.
Talvez estejamos os dois. Aturamo-nos os maus humores e os momentos de felicidade. Dormimos e amamos juntos.
Por vezes apetece-me abandoná-lo, voar e estender-me por cima dele. Mas há momentos tão tristes...momentos em que não estás aqui. É obsessão minha amar-te.
Se fechasse os olhos, ter-te-ía só para mim, até à linha inexistente do horizonte...
Anoitece sobre o meu corpo. Devagar. Anoitece onde não estou, dentro dos objectos que evocam a tua presença. A penumbra invade tudo o que é sólido.
Dantes a solidão vergava-me, mas com o passar do tempo, povoei-a de sorrisos, corpos que aderem à memória e me recordam que existo. Quando se aprende a estar sozinho, tem-se tudo e não se possui nada.
Se morresse agora, não deixava nada, porque bebi tudo com toda a minha sede, esvaziei-me, devorei esse amargo que têm as coisas antes de nos pertencerem.
O teu corpo...custou-me tanto a reinventar-lhe formas consistentes...e a tua alma vive agora dentro do espelho onde se perdeu o meu corpo...A paixão talvez seja um lugar onde a luz mal se ergueu ainda, e as palavras se formem a partir de silêncios, onde ardem brandamente, confusas, dispersas, apenas sons indefinidos, criando outras realidades.
É com medo que me vejo atrás de cada uma delas... As palavras mudas escondem o meu pavor de um dia deixar de saber quem sou.
Desejar que o mar recuasse, significaria ter-te aqui e um instante mais tarde beijar-te o corpo todo...
Meu coração presente a tua continua ausência...no fundo, tu existes dentro de mim, fazes parte da minha vida.
Posso assim correr o risco de enlouquecer sozinha!
A noite vem fria e ligeira como um insecto. Pouso a minha cabeça na tua voz, cubro o rosto com as tuas asas de borboleta...
Sinto que são horas de me erguer e caminhar para fora deste túmulo de palavras!
Amor Amor
Amor confuso, amor esotérico, amor mágico.
Perdido de conchas no meio do mar, mar de marés justapostas de amor, numa imensidão de marfim perdida no teu olhar infinito.
Mar que senti no soerguer do teu corpo semi-quente na madrugada.
Mar para que não me chegam os olhos, mar de sentimentos, de objectos sensíveis e distintos, mar onde guardei o aquário azul que trouxe até ti no meu peito.
Amor sem nexo, amor contínuo, amor disperso...
Mar, sem apoio em nenhum ponto do espaço, mas bem preso apesar de tudo.
Mar de sons, cores, imagens, sentimentos, sensações e emoções de mil e um desejos a teu lado.
Amor que me enche o peito de equilíbrio e felicidade.
O teu corpo envolvente vestido de água, construído de estrelas, nuvens, oceanos...
Sentir-te meu em todos os momentos da minha vida, sentir-te árvore que sobressai nítida na inacreditável superfície, e que estende os seus ramos no meu corpo e na minha alma, e sentir as tuas raízes onde a paz dos sonhos anda ao invés e se cobre de mares para dormir sobre a infinita felicidade.
Saber-te assim, até tu saberes isto completamente, como sabes ser verdade que no nosso sonho afirmaste o amor que conquistaste.
Perdido de conchas no meio do mar, mar de marés justapostas de amor, numa imensidão de marfim perdida no teu olhar infinito.
Mar que senti no soerguer do teu corpo semi-quente na madrugada.
Mar para que não me chegam os olhos, mar de sentimentos, de objectos sensíveis e distintos, mar onde guardei o aquário azul que trouxe até ti no meu peito.
Amor sem nexo, amor contínuo, amor disperso...
Mar, sem apoio em nenhum ponto do espaço, mas bem preso apesar de tudo.
Mar de sons, cores, imagens, sentimentos, sensações e emoções de mil e um desejos a teu lado.
Amor que me enche o peito de equilíbrio e felicidade.
O teu corpo envolvente vestido de água, construído de estrelas, nuvens, oceanos...
Sentir-te meu em todos os momentos da minha vida, sentir-te árvore que sobressai nítida na inacreditável superfície, e que estende os seus ramos no meu corpo e na minha alma, e sentir as tuas raízes onde a paz dos sonhos anda ao invés e se cobre de mares para dormir sobre a infinita felicidade.
Saber-te assim, até tu saberes isto completamente, como sabes ser verdade que no nosso sonho afirmaste o amor que conquistaste.
Cintya, tela enevoada
O nevoeiro torna embaciada a paisagem que se rende perante os meus olhos.
De longe, aprecio o arvoredo que tanto me transmite, venero ao fundo o mar, observo com atenção a evolução da paleta de cores que se modifica com o passar dos dias...
Escuto com minúcia o chilrear dos pássaros ao sabor da suave brisa que a todos embala.
O tom verde predomina e lá ao longe, o azul eléctrico de um mar intenso e indeterminável, conjugado com os tons de um céu sem fim.
Por entre casas de pedra e torres de palácios de séculos passados, a magia rouba-me da realidade e transporta-me para um sem fim de histórias maravilhosas...
Uma paz estranhamente tranquilizante inquieta o meu espírito, cada pedra do caminho reflecte uma luz intensa, cada tronco de árvore transmite uma energia brutalmente poderosa.
É o elemento complementar de uma vida plena... paz, energia, o mar, a serra... tudo perante os eternos amantes...e o nevoeiro, o perpétuo cúmplice do sol e da lua.
Dois amantes eternos, dois protectores de almas sedentas de amor...
Milhares de presenças a meu lado, presenças irreais, calmas e positivamente vivas.
De longe, aprecio o arvoredo que tanto me transmite, venero ao fundo o mar, observo com atenção a evolução da paleta de cores que se modifica com o passar dos dias...
Escuto com minúcia o chilrear dos pássaros ao sabor da suave brisa que a todos embala.
O tom verde predomina e lá ao longe, o azul eléctrico de um mar intenso e indeterminável, conjugado com os tons de um céu sem fim.
Por entre casas de pedra e torres de palácios de séculos passados, a magia rouba-me da realidade e transporta-me para um sem fim de histórias maravilhosas...
Uma paz estranhamente tranquilizante inquieta o meu espírito, cada pedra do caminho reflecte uma luz intensa, cada tronco de árvore transmite uma energia brutalmente poderosa.
É o elemento complementar de uma vida plena... paz, energia, o mar, a serra... tudo perante os eternos amantes...e o nevoeiro, o perpétuo cúmplice do sol e da lua.
Dois amantes eternos, dois protectores de almas sedentas de amor...
Milhares de presenças a meu lado, presenças irreais, calmas e positivamente vivas.
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