sexta-feira, janeiro 21, 2005

Cintya, tela enevoada

O nevoeiro torna embaciada a paisagem que se rende perante os meus olhos.
De longe, aprecio o arvoredo que tanto me transmite, venero ao fundo o mar, observo com atenção a evolução da paleta de cores que se modifica com o passar dos dias...
Escuto com minúcia o chilrear dos pássaros ao sabor da suave brisa que a todos embala.
O tom verde predomina e lá ao longe, o azul eléctrico de um mar intenso e indeterminável, conjugado com os tons de um céu sem fim.
Por entre casas de pedra e torres de palácios de séculos passados, a magia rouba-me da realidade e transporta-me para um sem fim de histórias maravilhosas...
Uma paz estranhamente tranquilizante inquieta o meu espírito, cada pedra do caminho reflecte uma luz intensa, cada tronco de árvore transmite uma energia brutalmente poderosa.
É o elemento complementar de uma vida plena... paz, energia, o mar, a serra... tudo perante os eternos amantes...e o nevoeiro, o perpétuo cúmplice do sol e da lua.
Dois amantes eternos, dois protectores de almas sedentas de amor...
Milhares de presenças a meu lado, presenças irreais, calmas e positivamente vivas.

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