domingo, fevereiro 13, 2005

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A noite correu fluente e fácil por entre graça e prazer, a madrugada já ía alta nas horas breves que sorridentes nos deixavam para trás...
Tudo parecia correr naturalmente e sem medos, até que algo de repente mudou em ti, transformaste-te num autómato frio e surdo... o teu caminho desviou-se bruscamente do meu e o teu vulto desapareceu por entre as árvores curvadas sobre mim... deixaste-me aqui, sozinha entregue à melodia funebre das folhas e dos pássaros da primeira manhã...
Cortaste a linha de comunicação...

A noite logo se fez dia e os meu olhos acompanham o inquietude do meu coração... não durmo, fumo, desespero... Onde estás? Nem o nascer do sol me apazigua a alma...
Estou cansada, mas preciso de te ouvir para poder dormir...

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