É verdade!!

Eu não vos contei, mas já no final do copo de água no sábado, a noiva lá se lembrou de lançar o bouquet às presentes e desesperadas solteiras...
Inconsientemente, ou não, não me apercebi do acontecimento mais excitante da noite e quando dei por mim o acto já estava prestes a ser consumado...
Sentadinha me deixei ficar no meu cómodo lugar em frente à minha deliciosa taça de vinho verde já meio quente...
E não é que o bouquet vem na minha direcção passando por cima de todas elas... e fica ali abandonado no meio do chão a olhar para mim, tipo: "Vê lá se te mexes...!"
Como não me mexi, lá vai a noiva mais uma vez, desta a tentar ser certeira numa das que estão para ali ao monte atrás de si... Mas o raio do molho de flores pela segunda vez toma a direcção completamente contrária à desejada e eu já me começo a sentir mal...
Ainda bem que houve uma delas que cagou e correu a agarrá-lo!
Eu não me quero casar, e ainda tive que ouvir comentários do género: "Não vale a pena fugires..."...
Ainda bem que o meu gajo, cuja a minha presença em tal festa a ele se devia, tem dois deditos de testa e me confortou dizendo: "Ainda bem que não te levantaste, se não já viste o 31 em que nos metias..."...
O que um molhito bem arranjado de flores num dia como este faz às imaginações dos mais desejosos em acasalar de papel passado... Como pode alguém crer que o seu destino será ditado por um bouquet já meio murcho de flores que foram de um outro alguém...
Ainda está para aparecer quem me convença de que a instituíção "casamento" nos faz mais felizes...