Mais um dia.
Acordei irritada com a inercia dos que me rodeiam e que me deviam incentivar a tudo e mais alguma coisa, mas apenas se estão nas tintas para seja o que for...
O que vale é que sou uma rapariguinha desenrascada e há males que vêm para bem! Aventurei-me, acompanhada pela minha sombra, pelas ruas de Barcelona. Não me perdi... parece que a cidade já me aceitou.
Num ataque conumista que reflecte fielmente o meu estado de neura, esgravatei algumas lojas e constatei que são um ninho fervilhante de ansiedades e frustrações, de agresividade e ansia para encontrar algo que ajude a alcançar a perfeição...
A tarde passou por entre ruelas escolhidas ao acaso e maravilhas que se anunciavam aos nossos passos. Capelas, igrejas, vitrais, músicos, góticos, estilistas, gays, alta costura, tatuagens, monhés, indianos, chineses, streetwear, tascas, sushi bar, doces, alcool, tapas, cozinha francesa... e de repente o mar.
Sem darmos por nada estavamos do outro lado da cidade.
Jantar tranquilo, comida a peso.
A noite chegou e com ela a euforia de mais uma noitada.
Acabamos no mais comercial de todos os espaços, mas o censo crítico e o corte e costura tipicamente tuga nos nos deixaram enfadar...
Dançamos ao som de Britney, cantamos espanholadas, desafiamos numa roda de hiphop e bebemos bastante...
Voltamos a casa abençoados por chuva e amaldiçoados pela inexistência de taxis vagos numa madrugada de sábado em Barcelona.
Pela rua, caminhando para casa, sozinha às 6h da manhã... o sentimento de segurança é inacreditável! Tudo se passa nesta cidade mas com um respeito pelo espaço do outro surpreendente!
Há 6 meses
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