segunda-feira, março 07, 2005

Quotidianas Confidências II

Depois de 24h fora do mundo real, voltei ao contacto social com aqueles que mais gosto.
O jantar correu leve e solto por entre conversas banais e pouco sentimentais, mas alguma coisa se estava a trasmutar...
Por vezes parava e olhava para mim, exteriorizando-me do corpo, e uma saudade indefinida invadia-me a alma...
A presença de dois elementos normalmente pouco habituais nas nossas tertúlias, trouxe um constrangimento possívelmente camuflado pela aparente euforia... Afinal faltava a cumplicidade consequente da intimidade e da partilha deste fenómeno que é a amizade...

A quando da mudança de cenário, as atitudes prevalecem tão iguais que se confundem com o fumo que nos cerca os corpos ao som do reagge que nos embala e nos faz ficar mais cool...
Mas aquele sentimento de indiferença e até de troca, prevalece... Efectivamente o que realmente interessa são as meninas que pouco ou nada de interessante têm para dizer...
O ciúme surge assim, finalmente, disfarçado de outros sentimentos de pertença ou de identificação, até que o orgulho fala mais alto, e a hipótese mais válida é virar as costas e seguir em frente... Porque de facto, a casa está cheia de gente, mas tão vazia de amigos e de sentimentos identificativos e de coesão...
No intímo o pensamento acaba sempre por ser aquele mais ou menos egoísta de que "daqui a pouco sentem falta e vão lá ter..."

Mas o cenário muda mais uma vez e está agora ainda mais cheio de nada... tudo se modifica cada vez mais e para pior, agora as amizades não estão de facto fisicamente presentes e o ambiente é de mistura grosseira de géneros e de ondas... só duas coisas se mantêm: nós e a música... Do mal o menos!
Saudades de quando ainda éramos princesas...

2 comentários:

A. disse...

Pois é, e lá vamos nós feitas navegantes da lua em busca dum lugar onde nos sintamos bem... pq será que ultimamente é tão difícil?

roque disse...

hum... q crise de identidade...
hdois... não ha mal em se ter ciumes...
htrês... o mal está em não sermos capazes de exteriorizar os nossos sentimentos dentro do tempo que nos é dado...